mardi 19 octobre 2010

Eu tenho medo da morte, essa condição me perturba muito. Eu quero engajar toda uma energia de vida no meu trabalho, essa energia vital que me faz amar a vida, quero passar uma mensagem de otimismo e de amor.

Eu trabalho com a consciência do corpo, do movimento, da respiração e da dança com o objetivo de construir uma superfície.

Eu trago para minhas pinturas cores que povoaram minha infância, formas naturais para mim, exuberantes, uma luz clara que me faz pensar no sol tropical, minha pintura é cheia de energia vital e é isso que eu pretendo dividir com as pessoas. A pintura tem um poder transformador, de fazer a tristeza virar beleza e alegria.

Eu acredito que temos que ter consciência do que vamos jogar no mundo, eu quero espalhar cor e luz. Eu posso dizer que me divirto com meu trabalho, eu faço tentativas, eu nao tenho medo de apagar o que foi feito antes, as coisas passam…

O trabalho é uma aventura onde nada é programado, cada quadro é uma surpresa do cotidiano, é a pintura que vem ate mim, naturalmente, eu apago, eu mudo, eu conservo certas coisas, as coisas passam…

Uma coisa é certa, precisa sempre ser uma festa. Um enorme paradoxo mora na idéia de festa, é a vontade de agarrar a felicidade pelos cabelos, e violentamente!

Hoje em dia a festa é sacramentada, nao tem nada mais belo que morrer numa festa. É o drama no seu nível mais alto!! Para mim a pintura representa esse drama, de morrer numa festa gigante.

Renata Egreja, Junho de 2010.

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